17 ago Tendências farmacêuticas para o pós-pandemia
17/08/2021
O mundo pós-pandemia nunca mais será o mesmo e isso também pode ser dito sobre o mercado farmacêutico. Veja neste artigo as principais tendências para o setor
Diferenciando-se de outros setores, o segmento farmacêutico manteve seu ritmo de crescimento anual e utilizou a crise como plataforma para acelerar adaptações que já vinham batendo à porta – segundo dados do IQVIA, em 2020 o varejo farmacêutico cresceu 15,6% em relação ao ano anterior.
Em meio ao difícil momento presenciado com a COVID-19, destacaram-se as vendas de relaxantes, vitaminas, suplementos e antidepressivos, assim como a realização dos próprios testes rápidos de coronavírus. A fase de adaptação também envolveu uma forte transição para o ambiente digital e a diversificação de produtos para atender às demandas de higiene.
Com destaque para a corrida do desenvolvimento de vacinas, o segmento se vê em um momento-chave de protagonismo. Mas, e daqui pra frente? Quais são as perspectivas para o pós-pandemia e as tendências para esse mercado que promete nunca mais ser o mesmo?
Confira a seguir as tendências farmacêuticas para o pós-pandemia.
Modelo de hubs de saúde
Considerada por muitos como a “reinvenção do setor farmacêutico”, a tendência dos hubs de saúde é apontada pela própria Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias – Abrafarma.
O novo modelo, que já é muito aplicado nos Estados Unidos, consiste na transição das farmácias tradicionais para microcentros de saúde que concentram a atenção integrada ao paciente em diversas frentes, incluindo orientações sobre atividades físicas, direcionamento nutricional, agendamento de consultas e mais.
Nessa perspectiva, o farmacêutico desempenha um papel central que vai além da gestão de medicamentos – esse profissional também estará preparado para auxiliar com informações sobre planos de saúde e oferecer um cuidado holístico para o cliente, para citar alguns exemplos.
Na prática, muitas unidades farmacêuticas brasileiras já aplicam o modelo ao oferecer serviços como testagem para COVID-19 e até vacinação contra a gripe no local.
Alta no e-commerce: o delivery farmacêutico
Como se poderia imaginar, a necessidade de isolamento social alavancou o e-commerce. De acordo com uma pesquisa da Criteo, 56% dos consumidores brasileiros afirmaram ter realizado compras online pela primeira vez na pandemia, e 94% pretendem manter o hábito após o período.
Nesse sentido, o mercado farmacêutico se reinventou para atender às novas demandas, com destaque para a praticidade do delivery e o envio de receitas médicas de forma online. Dados do IQVIA mostram um aumento exponencial nas vendas realizadas por aplicativos de farmácia, sites e telefone ao longo de todo o ano de 2020.
Em março de 2020, mês que marcou o início da pandemia, a alta foi de 52,7%, fechando dezembro com um aumento acumulado de 124,9%. A partir de maio de 2020, o número de empresas farmacêuticas que utilizaram plataformas de vendas online mais do que dobrou em relação ao mesmo período em 2019.
Aqui, vale ressaltar também outro impacto importante relacionado ao e-commerce: com a pandemia, o segmento de farmácias aderiu a novas formas de pagamento sem contato interpessoal, incluindo links, QR Code, PIX e cashback. Embora não sejam tecnologias novas ou restritas ao segmento farmacêutico, essas modalidades tiveram um boom no varejo após 2020 – e tudo indica que chegaram para ficar.
Digitalização do mercado
Na esteira da cultura do e-commerce e da transformação digital de todo o varejo, as farmácias precisaram agir rapidamente para criar canais online de atendimento e responder às novas necessidades do consumidor.
Além de investirem em marketplaces farmacêuticos e soluções mobile para vendas, as empresas do setor descobriram outro aliado valioso: o WhatsApp. Trazendo comodidade e agilidade na entrega, as compras pelo aplicativo tiveram um grande crescimento, além de possibilitar um contato rápido e seguro entre pacientes e farmacêuticos.
Não por acaso, a tendência de manter diversos canais à distância segue relevante e deve continuar a prosperar no pós-pandemia.
Estratégia D2C
Em alta no varejo farmacêutico, o modelo direct-to-customer (D2C) possibilita a venda direta para o cliente final, sem intermediários. Ao estreitar a relação com o público, a estratégia permite alcançar diretamente o consumidor, comunicando vantagens especiais dos produtos e personalizando a experiência.
Sintonizada com as vendas por aplicativo, site e e-commerce, a tendência não só aumenta a comodidade de quem compra, como também reduz custos, aumenta a qualidade do atendimento e se reflete na maior satisfação dos clientes.
Investimento em novas tecnologias
Como não poderia deixar de ser, a urgência da transformação digital vem exigindo investimentos à altura por parte das farmácias: os canais digitais têm se mostrado mais fortes, eficientes e econômicos para alcançar o consumidor.
Neste sentido, há uma perspectiva de investimentos crescentes em tecnologia para digitalizar o negócio, desde a gestão do estoque de medicamentos, ERPs (sistemas de gestão) até a boca do caixa – e isso não fica restrito às grandes redes, mas abrange também os pequenos estabelecimentos.
Com a adoção de novas ferramentas, o objetivo é suportar tanto vendas físicas quanto virtuais, além de automatizar processos operacionais e permitir o foco no desenvolvimento estratégico.
Ampliação do portfólio de produtos
Além da ampliação de serviços oferecidos (sintetizada na tendência dos hubs de saúde), outro ponto-chave para as farmácias no pós-pandemia é a diversificação das ofertas de produtos para o cliente.
De fato, entre as mudanças pandêmicas de comportamento do consumidor, uma das mais importantes é a seguinte: as pessoas frequentam menos as farmácias físicas, mas variam mais nos tipos de produtos que adquirem.
Nessa perspectiva, itens de saúde, beleza e higiene adicionais são comprados a cada visita (física ou virtual) à farmácia, aumentando o ticket médio desses negócios. Quanto maior a gama de produtos oferecida, melhor!
Na onda das tendências: Far.me aposta em inovação para ressignificar o mercado farmacêutico
Os dados são alarmantes: apenas metade das pessoas com doenças crônicas segue seu tratamento corretamente em 80% do tempo. Para mudar essa realidade – e transformar o mercado da saúde – a healthtech farmacêutica Far.me, startup que passou pelo startup acelerada pelo Programa de Desenvolvimento de Negócios do BiotechTown, desenvolve soluções para aumentar a adesão ao tratamento medicamentoso e ressignificar a relação das pessoas com seu bem-estar.
Alinhada com as tendências tendências farmacêuticas para o pós-pandemia, de comodidade, mínimo deslocamento e inovação, a healthtech oferece o delivery de medicamentos em diferentes frentes:
- Far.me Box: visando simplificar o tratamento contínuo, o serviço envia os medicamentos do paciente já organizados por data, dose e horário em caixa personalizada a cada 30 dias;
- Far.me Mensal: atende à demanda recorrente de medicamentos e produtos de saúde, oferecendo entregas programadas por assinatura;
- Far.me Pontual: delivery de remédios e itens avulsos de farmácia com economia e entrega em até 24 horas.
Aliando pedidos por site e WhatsApp, solicitações virtuais de orçamento e envio digital da prescrição, a Far.me também preza por um cuidado global com o paciente através de acompanhamento farmacêutico exclusivo.
No serviço, os clientes podem contar com revisão da receita médica por um sistema de scores baseado em Inteligência Artificial (o que permite rastrear possíveis interações, superdosagens e medicamentos potencialmente perigosos, conforme o perfil do paciente).
O suporte especializado Far.me também oferece um canal de contato direto com a equipe de farmacêuticos via WhastApp, elevando o atendimento remoto – em alta nos tempos de pandemia – a um novo nível de cuidado em tratamento farmacêutico.
Acesse a página da healthtech do ecossistema Viveo e saiba mais sobre a atuação inovadora de uma farmácia dos novos tempos na prática!
Sobre a autora
Farmacêutica e empreendedora, Samilla Dornellas uniu sua experiência no meio hospitalar e na indústria de medicamentos ao propósito de criar soluções para que as pessoas sigam o tratamento medicamentoso com mais segurança e tranquilidade.