
16 out Sobre o Câncer de Colo do Útero
16/10/2019
Só em 2017, de acordo com a estimativa de câncer no Brasil produzida pelo INCA (Instituto Nacional de Câncer), o câncer de colo do útero foi o quarto tipo de neoplasia que mais matou mulheres no país.
Esse tumor, na maior parte dos casos, só começa a apresentar sintomas quando atinge um estágio mais avançado. Por isso, é essencial o compartilhamento de informações sobre o tema e o incentivo à prevenção dessa doença.
Sobre o câncer de colo do útero
O câncer de colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é ocasionado por fatores internos e externos. Contudo, as principais causas de incidência são por infecções persistentes por papilomavírus humano, o HPV.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo do útero já foi um dos tipos que mais matou mulheres no mundo. Graças ao aumento da conscientização e à realização periódica do exame citopatológico (Papanicolau), este câncer deixou de ser a segunda neoplasia mais incidente entre as mulheres, em 1975, caindo para o sétimo lugar em 2012.
Por outro lado, a incidência dessa doença está aumentando em regiões classificadas como de maior desenvolvimento, como na Europa Oriental. Segundo o World Cancer Report de 2014, este fato pode ter a ver com as recentes mudanças no comportamento sexual que elevam o risco de infecção pelo HPV.
Entenda de forma mais detalhada o que é câncer e suas prováveis causas
Sobre a infecção pelo Papilomavírus Humavo (HPV)
O HPV é um grupo de mais de 150 vírus que pode infectar homens e mulheres, apresentando ou não sintomas. O aparecimento de verrugas (papilomas) são sintomas da infecção visíveis a olho nu que podem crescer no colo do útero ou em outras partes do corpo como as mãos, pés, ânus, língua, lábios, pênis e saco escrotal.
Os vírus podem ser transmitidos por contato direto com a pele ou mucosa infectada, por relações sexuais e também de mãe para filho durante o parto.
Esse tipo de infecção é comum e, quando não há sintomas, é possível que o sistema imunológico consiga eliminá-la sozinho. No entanto, é importante saber que algumas condições herdadas podem fazer com que o sistema imunológico de algumas mulheres seja menos capaz de combater a infecção pelo HPV. O câncer de colo do útero pode surgir em mulheres quando essas infecções pelos vírus do HPV não desaparecem e se tornam crônicas.
Como prevenir?
O câncer de colo do útero raramente ocorre em mulheres com menos de 20 anos e costuma ser mais frequente em mulheres entre 35 e 44 anos. Contudo, o HPV, que dá início a este câncer, pode se manifestar em diferentes faixas etárias. Por ser sexualmente transmissível a prevenção ao vírus é importante não somente às mulheres, mas também aos homens.
Vacine-se contra o HPV! A rede pública de saúde disponibiliza a vacina para meninas de 9 a 14 anos, para meninos de 11 a 14 anos, para pessoas que vivem com HIV e para pessoas transplantadas entre 9 e 26 anos. A rede privada de saúde também oferece essa vacina.
O uso de camisinha em relações sexuais é uma importante forma de combate ao HPV, e lembre-se: quanto maior o número de parceiros sexuais, maior a probabilidade de se infectar pelo vírus.
Especificamente sobre o câncer de colo do útero, é importante que as mulheres realizem regularmente o exame Papanicolau e do Papilomavírus Humano (HPV) como medida de detecção da doença. A partir da identificação de pré-cânceres é possível interromper o desenvolvimento da doença.
Importante: o tabagismo também é um fator de estímulo ao câncer de colo do útero!
Sintomas
O câncer de colo do útero se desenvolve lentamente e pode ser assintomático até que já esteja desenvolvido e tenha se espalhando para tecidos próximos. Quando isso acontece, alguns sintomas são:
• Sangramento vaginal anormal após relações sexuais, após a menopausa ou entre os períodos menstruais,
• Períodos menstruais mais longos que o normal,
• Secreções vaginais anormais, que podem conter ou não um pouco de sangue,
• Dor durante as relações sexuais,
• Dor abdominal associadas a queixas urinárias ou intestinais.
Tratamentos
O tratamento do HPV consiste na remoção das lesões (verrugas) por meio de cirurgia ou do uso de medicamentos. Com isso, se atua na prevenção do contágio de outras pessoas já que dificilmente há cura para o Papilomavírus Humano.
Já em relação ao câncer cervical, o tipo de tratamento dependerá do estágio de evolução da doença, idade da paciente e tamanho do tumor mas, normalmente, o tratamento é feito por meio de cirurgia, quimioterapia e a radioterapia.
Quando diagnosticados na fase inicial, as chances de cura do câncer de colo do útero são altas.
Se informe também através do nosso post sobre o movimento do Outubro Rosa.
Fontes:
STEWART, B. W.; WILD, C. P. (Ed.). World Cancer Report: 2014. Lyon: IARC, 2014.
portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/vacinahpv
saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv