
24 out Semana Intensiva do Programa de Aceleração aborda desafios para investimentos em startups de biotech
24/10/2022
Atividades do mês aconteceram de forma presencial e contaram com a participação de Eduardo Emerich, Karina Barcelos e Carlos Lopes
Entre os dias 17 e 21 de outubro, aconteceu presencialmente no BiotechTown a 8ª Semana Intensiva do Programa de Desenvolvimento de Negócios, período que concentra as principais atividades entre os empreendedores e o time de aceleração do hub. Os temas de destaque desta edição foram investimentos em startups de base tecnológica e o relacionamento com investidores.

Carlos Lopes faz apresentação sobre Relacionamento com investidores
A semana teve início com reuniões individuais entre e a equipe de especialistas do BiotechTown e os empreendedores com o objetivo de sanar dúvidas e, de forma colaborativa, construir soluções para os desafios atuais e específicos de cada empresa. Aconteceram ainda encontros entre o Conselho do hub e os CEOs das empresas investidas, para alinhar os avanços e ponderar sobre os próximos desafios enfrentados na trajetória de desenvolvimento de cada empreendimento.
Como parte das atividades coletivas, o Diretor Executivo da Fundepar Carlos Lopes conduziu uma apresentação sobre as especificidades do relacionamento entre investidores e empreendedores durante as diferentes etapas de desenvolvimento dos negócios.
Agenda Aberta
No dia 20 de outubro, quinta-feira, a Semana Intensiva abriu ao público externo o painel “Investimento em startups de base tecnológica: Desafios e panorama”. Com mediação da Head de Aceleração do BiotechTown Ana Marcatto, participaram do debate Eduardo Emrich, Presidente & CEO da Biominas Brasil, e Karina Barcelos, sócia-fundadora e CEO da Vanda Impact Ventures.
O encontro percorreu diversas temáticas, dentre elas análises sobre o mercado nacional de Biotecnologia em comparação ao de outros países. Para Eduardo Emrich “Possuímos startups muito boas no Brasil, com planos de pesquisa e ciência de altíssimo nível. Não tenho a menor dúvida de que existem muitas oportunidades de encontrar e financiar projetos muito promissores”.
Para Karina, “o empreendedor brasileiro não perde em nada para o empreendedor de outros países. Há um mercado mais sólido no exterior, mas a ciência brasileira é muito boa e o nosso empreendedor tem muita qualidade”.
Outro tema levantado foi o relacionamento das startups com fundos de investimentos. Questionada se a startup pode considerar o fundo investidor como parceiro de execução, Karina apontou que depende bastante dos fundos e do estágio em que ele investe: “Um fundo série A e B não é comparável a um fundo que investe em uma startup em estágio inicial. No nosso caso, a gente apoia, orienta e acompanha a startup neste percurso. Dependendo das necessidades da startup, nós colaboramos por meio dos nossos sócios ou a nossa rede de contatos”.
“O fundo tem que ser hands on, ‘pero no mucho’. ” Para Eduardo, “se o fundo assume um papel grande de execução, ele deixa de lado seu papel crítico e passa a ser operação”. Seguindo seu raciocínio, Hemrich diz que o papel do investidor é o de abrir portas, de trazer novos investidores e ajudar diante dos possíveis desafios. Por outro lado, Eduardo concorda com Karina: “O perfil do investidor inicial é muito mais participativo do que o investidor de fases mais à frente, que tem como papel fazer a empresa crescer, mas não estando dentro do negócio”.
Durante o momento de perguntas do painel, o CEO da Ilergic Hermerson Schenato indagou quais seriam os critérios mais relevantes para os investidores ao avaliar startups para receber aportes financeiros. Karina ressaltou a importância de pontos relacionados à tecnologia, mas também sobre o próprio time técnico: “Propriedade intelectual e a presença de patente industrial são importantíssimos, bem como a postura do empreendedor. O ‘sangue no olho’, a compreensão sobre o problema que a startup está solucionando e a vontade de fazer a diferença são essenciais para uma startup”.
Já a CEO da Phast, Natalia Bittencourt, deu o seu depoimento sobre sua experiência com o Programa de Desenvolvimento de Negócio do BiotechTown. “O papel do BiotechTown foi fundamental para enfrentarmos o momento do vale da morte. A aceleração nos ajudou a passar com mais tranquilidade por este momento”. Por fim, agradeceu a experiência e troca oferecida pelo evento, assim como a possibilidade de ver com os olhos do investidor as expectativas diante dos empreendimentos investidos.
O Programa
O Programa de Desenvolvimento de Negócios do BiotechTown tem como objetivo ajudar as startups de Biotecnologia e Ciências da Vida a se posicionarem no mercado com sucesso e estabilidade. Atualmente na sua quarta edição, o PDN já acelerou mais de 30 startups e viabilizou R$10.1 milhões em investimento.
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